Polícia Civil prende trio suspeito de aplicar golpes pela internet
Grupo adulterava links de instituições bancárias e dinheiro de pagamento de boletos caia na conta dos criminosos

Equipes da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) prenderam, nesta quinta-feira (7), três suspeitos de aplicar golpes utilizando o sistema internet banking, causando prejuízo a vários clientes de bancos. O grupo é acusado de adulterar links de instituições bancárias onde são gerados boletos para pagamentos. Com a adulteração, a vítima pagava o boleto falso e ficava com a dívida na praça.
Durante a coletiva, um empresário que foi procurado para fazer parte do grupo contou de forma detalhada como acontecia o crime. Segundo ele, o trio precisava de uma conta corrente para realizar transações financeiras e, na oportunidade, foi informado que a ação não iria prejudicá-lo. Tudo aconteceu em uma semana e, diante alto valor das transações, o banco acabou bloqueando a conta dele.
A Polícia Civil chegou até o grupo criminoso por meio da delação premiada. Em depoimento, o empresário contou como agia e onde estariam os integrantes da quadrilha. Os acusados presos são Diego Gomes Pereira, 34, Felipe Messias Costa, 28, e Danylo Cesar Almeida dos Santos, 24. "Eu não imaginava que minha conta seria para este tipo de golpe, até porque usei dados da minha empresa com meu nome. Após minha conta ser bloqueada, procurei os três e eles me ameaçaram", relatou.
O empresário afirmou que não conhecia o trio e que foi apresentado ao grupo por meio de uma conversa informal, onde uma pessoa perguntou se ele queria ganhar dinheiro fácil. Em seguida, os integrantes da quadrilha o procuraram e informaram como funcionava parte do esquema. "Quando vi o dinheiro caindo na minha conta, acreditei neles e prossegui", esclareceu.
Segundo o delegado Vinícius Ferrari , a fraude acontecia porque eles alteravam o link que gerava um conta de pagamento e então o boleto falso. O dinheiro do pagamento caia na conta determinada pelos criminosos. "A vítima achava que estava pagando uma conta mas, na verdade, o dinheiro caia na conta dos criminosos e a vítima continuava devendo", explicou delegado.
A polícia informou ainda que não sabe o tamanho do prejuízo causado pelo grupo criminoso às vítimas. A Caixa Econômica ficou de repassar para o delegado o tamanho do montante. Ainda segundo o delegado, a quadrilha começou a atuar no início de 2015. Dois dos acusados já possuem passagem pela polícia, mas não diretamente ligados às fraudes.
A polícia está à procura de outros laranjas que cediam suas contas para o golpe, como também de mais um integrante da quadrilha, que seria a pessoa que realizava as fraudes na internet, um hacker. O grupo será acusado de estelionato, invasão de dispositivo e diversos crimes de falsidade.
Fonte: gazetaweb.globo.com