Morre em Maceió o radialista Waldemir Rodrigues

Ícone do rádio alagoano, profissional liderava o Timaço da Rádio Gazeta

O rádio alagoano está de luto. Morreu neste sábado (12), no Hospital Arthur Ramos, em Maceió, o radialista Waldemir Rodrigues, de 65 anos, o "Comentarista de Classe" da Rádio Gazeta. Ele estava internado desde a última quarta-feira (9) por conta de complicações hepáticas. O velório acontece no Campo Santo Parque das Flores, no Tabuleiro do Martins. O sepultamento está marcado para este domingo (13), às 11h. 

Waldemir Rodrigues completou, no último mês de outubro, 45 anos de rádio. Na ocasião, ele foi homenageado pela Gazeta de Alagoas pelo grande profissional que sempre demonstrou ser, tornando-se um ícone do rádio no estado. 

Por meio de sua página no Facebook, o senador Fernando Collor de Mello lamentou a morte do profissional e prestou solidariedade à família. "Acaba de falecer um grande colaborador da rádio Gazeta e decano do rádio alagoano: Waldemir Rodrigues. São 45 anos de serviços prestados à radiofonia. Meus sentimentos a todos os familiares, amigos e colegas de profissão de Waldemir".

O presidente da Organização Arnon de Mello (OAM), Carlos Mendonça, ressaltou que o Waldemir Rodrigues era um profissional completo, que atuava em todas as áreas da comunicação. 

"A OAM tem uma norma acordada pelo seus fundadores proprietários para preservar os seus funcionários a vida toda e não admitir que eles desapareçam. O Waldemir vai fazer uma falta tremenda. Era um profissional completo, que funcionava em todas as áreas. Uma pessoa de grande expressão para todos nós, para todos que fazem a comunicação. Era solícito e prestava um serviço muito grande para os alagoanos. Pessoalmente, estou muito sentido, e lamento profundamente a perda do Waldemir, com quem eu conversava todos os dias".

Emocionado, o diretor da Rádio Gazeta, Gilberto Lima, lamentou profundamente a morte do Waldemir Rodrigues. "Ele para mim foi um amigo e um grande irmão. Quando entrei na Rádio Gazeta, em 1975, ele ousou me colocar como assistente de programação quando eu tinha apenas seis meses de trabalho como office boy. Isso para mim foi um fato muito marcante. Eu tinha e sempre terei essa gratidão com ele. Sempre foi um amigo, um irmão, um conselheiro. Trocávamos muita informação, muita experiência", afirma.

Para Gilberto, com a morte do Waldemir, a comunicação de Alagoas perde um esteio, uma referência. "O Waldemir era para a comunicação de Alagoas uma grande referência. Um exemplo de ética, de decência e de companheirismo", afirma. 

No final da manhã, o prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) também divulgou nota lamentando a morte do jornalista. "Recebi com imenso pesar a notícia do falecimento do jornalista Waldemir Rodrigues. A partida dessa grande referência do jornalismo e da vida pública de Alagoas é uma grande perda para todos nós. Waldemir se foi hoje, mas o legado de profissionalismo, humildade e retidão deste grande ser humano continuarão para sempre entre nós, inspirando nossas vidas. Que oremos a Deus unidos neste momento, e que nossas preces e nossa solidariedade ajudem a confortar familiares e amigos. A saudade será imensa. A Waldemir, com afeto, o nosso muito obrigado!".

O governador Renan Filho, por meio de sua página no Facebook, lamentou o falecimento do radialista. "Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento do grande radialista e amigo Waldemir Rodrigues. Aos familiares meus sinceros sentimentos. Que Deus abençõe a todos e conforte o coração de vocês. As saudades ficam e as lembranças permanecem".


Waldemir começou a trabalhar no rádio esportivo em 1970. Trabalhou nas rádios Gazeta, Palmares e Difusora e nos jornais de Alagoas, de Hoje, Gazeta e Tribuna. Foi apresentador de programas de TV, secretário da Comunicação do Estado e da Prefeitura da capital. Pelos trabalhos desempenhados, foi agraciado diversas vezes com comendas e medalhas. Também colocou os pés no Hall da Fama do Estádio Rei Pelé, após ser escolhido por meio de votação popular. 

 

Para o jornalista Gilvan Nunes, o rádio perde um grande profissional e ele, um grande amigo. "Eu perdi um grande companheiro de trabalho e um grande amigo. Ninguém enxergava o futebol como ele. Não só no campo, como foram dele também. Nesses últimos cinco anos, meu convívio com ele era diário. Conversávamos praticamente todas as tardes", afirma Gilvan, que conhecia Waldemir desde a década de 80. 

 

No ar neste sábado pela Rádio Gazeta, o radialista Fernando Palmeira ressaltou as qualidades do colega de profissão. "Era um amigo, um irmão, um brincalhão, um crítico, uma pessoa que devotou toda a sua vida à comunicação e que também deu sua contribuição ao poder público. Ele foi um dos primeiros comunicadores com os quais convivi no início da carreira. A ele, devo muitas das orientações que recebi", afirma. 

 

Coordenador do Timaço da Gazeta, Waldemir liderou uma equipe de profissionais renomados do rádio alagoano. "Ele era como um pai pra gente", afirma o comentarista esportivo Edmilson Santana. 

A ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Valdice Gomes, também lamentou a morte do profissional. "Era um grande companheiro de trabalho, que sempre valorizou as lutas do sindicato. É uma perda muito grande para a comunicação", afirma. 

Waldemir nasceu em 1950 em Maceió. Era casado com Vânia Márcia, com quem teve quatro filhas: Christianne, Caroline, Carla e Keila. Também deixa seis netos Thiago, Iann, Cauann, Sophia, Davi e Pietro.

Fonte: gazetaweb.com

 

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